O Homem Bicentenário (The Bicentennial Man) é um conto de ficção científica do escritor russo-americano Isaac Asimov. Foi lançado em 1976 e faz parte da Série Robôs.
A história começa com um robô chamado Andrew solicitando a um cirurgião robô que realize uma cirurgia nele. O cirurgião recusa, com medo de machucá-lo, o que violaria a Primeira Lei da Robótica, pois ele acredita que Andrew seja humano, mas ele revela que é um robô.
A história volta no tempo, uns 200 anos, e passa a contar a história de Andrew, um robô pertencente à família Martin, formada por quatro pessoas, a mãe, o pai e duas filhas. Andrew chama cada um deles, respectivamente, como o Senhor, a Senhora, a Senhorita e a pequena Senhorita.
Não demora muito para que a família perceba que Andrew não é um robô comum. Ele demonstra ter habilidades especiais, como, por exemplo, criatividade e capacidade de esculpir coisas com madeira. Ele também gosta de ler livros, aprender. Com o tempo vão despertando nele sentimentos e sonhos.
A família Martin cria um grande apego por Andrew que também se apega muito a eles, se tornando uma parte importante da família. Mas, aos poucos, vai surgindo nele também um desejo de ser livre e de ser considerado humano. Com o apoio da família e de alguns amigos, Andrew vai em busca de seu sonho, mas enfrenta muitos obstáculos, preconceitos e dilemas éticos.
Impressões de leitura
O Homem Bicentenário é uma leitura bem simples e tranquila. Mesmo se passando em um universo diferente, com robôs, é bem fácil de entender. Quem nunca leu Asimov pode tranquilamente começar por esse conto.
Além disso, é uma história emocionante e cativante. Apesar de ser de leitura simples e fluida, é rico em conteúdo, pois explora a ciência e pode nos trazer muitas reflexões sobre nossa vida e nossa humanidade.
Essa história se passa no mesmo universo do livro Eu, Robô, do Isaac Asimov. Inclusive a empresa que fabricou Andrew, a U.S Robots, é a mesma responsável por todos os robôs de Eu, Robô.
Andrew acompanha a família Martin durante algumas gerações. Em meio a sua busca por uma identidade e humanidade, ele e precisa lidar com o fato de que os seres humanos são mortais e ele não.
Andrew luta com todas as suas forças e os seus recursos para realizar o seu sonho. Mas, ao longo do caminho, esbarra em muitos obstáculos, como a maldade humana, as burocracias, preconceitos, a falta de solidariedade. Em certos momentos Andrew se mostrou mais humano do que os próprios seres humanos.
Quem foi Isaac Asimov?
Isaac Asimov (1920-1992) foi um escritor e bioquímico russo-americano. Nasceu em 1920 na Russia e em 1928 se naturalizou norte-americano. É considerado um dos maiores nomes da ficção científica mundial.
Ao longo da sua carreira, escreveu e editou mais de 500 livros, entre romances, contos, enciclopédias, dicionários, livros didáticos, ensaios e obras de divulgação científica. Apesar de ser conhecido pela ficção científica, também escreveu sobre mistério, histórias de detetive, fantasia, química, matemática, astronomia, Bíblia e muito mais.
Asimov foi o responsável por formular as Três leis da Robótica que influenciam a literatura e no cinema até hoje e aparecem até nos debater mais contemporâneos sobre Inteligencia Artificial.
Entre suas obras mais famosas estão O Homem Bicentenário, Eu, Robô e a Trilogia Fundação.
Filme O Homem Bicentenário
O conto O Homem Bicentenário inspirou uma adaptação para o cinema. O filme O Homem Bicentenário, lançado em 1999, foi dirigido por Chris Columbus e protagonizado por Robin Williams, no papel de Andrew.O filme é um pouco diferente do livro, porque na verdade ele foi baseado tanto na história desse livro quanto em um romance chamado O Homem Positrônico, lançado em 1992 por Isaac Asimov e Robert Silverberg. Eles se basearam no conto O Homem Bicentenário para escrever o romance.
Apesar de ter suas diferenças, o filme e o livro são igualmente bons. O filme é bem tocante e emocionante e o Andrew, com sua sensibilidade e inteligência é um personagem muito cativante. Não tem como não se apegar a ele. A gente torce para que a jornada dele dê certo. Vale a pena conferir essa adaptação da história para o cinema. É um dos melhores filmes que eu já assisti.
一
O Homem Bicentenário é mais do que uma história de robô, é um convite para nos fazer pensar sobre o que é ser humano, o valor da liberdade, os limites da tecnologia e o impacto da inteligencia artificial em nossas vidas.
Mesmo sendo uma obra de 1976, é extremamente atual, especialmente em uma época em que estamos cercados por algoritmos e inteligência artificial.
O Homem Bicentenário é uma obra indispensável para quem gosta de ficção científica. Não deixe de conhecer!
Autor: Isaac Asimov
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