Raul andava na rua
Sem rumo e sem dinheiro,
Na noite, em Nova York,
Avistou um companheiro,
Um palhaço cordial,
Um exímio cavalheiro.
Vendo seu triste estado,
O palhaço o chamou,
Ofereceu a comida
Que no lixo encontrou.
Raul pegou um frango
Que depressa devorou.
Ao fuçarem mais o lixo,
Encontraram caviar.
Também tinha ketchup
Pra poder acompanhar
A refeição que faziam
Numa noite de luar.
Terminando de comer,
O palhaço perguntou:
"De onde você veio?"
Raul logo lhe contou:
"Fui exilado do Brasil
O país que me criou."
O palhaço quis saber
Perguntando o seu nome.
"Eu me chamo Raul,
Seixas é meu sobrenome
Sou cantor lá no Brasil,
Um músico de renome."
Os dois ficaram amigos
E conversaram bastante,
Andaram pelas ruas
Com a lua bem brilhante.
Foi um dia inusitado
E também interessante.
Tudo parecia tranquilo
Quando algo aconteceu:
Raul ficou agoniado,
Dor na barriga lhe deu.
Ficou ali desesperado
A comida caiu mal,
Procurava um banheiro.
O palhaço ajudou
Aquele pobre brasileiro,
Procurou-lhe um toalete
Encontrou até ligeiro.
Depois que tudo passou
Raul lhe agradeceu,
A ajuda recebida
Que o palhaço lhe deu,
Nesse dia curioso
Que assim se sucedeu.
Quando ia se despedir,
O palhaço convidou
Pra conhecer um amigo.
Raul, curioso, aceitou.
Foi pra um famoso músico
Que o palhaço apresentou.
O amigo era John Lennon,
Um músico de respeito.
Raul ficou admirado,
Pois era fã do sujeito.
E tocava suas músicas
De um modo bem perfeito.
Os três ficaram amigos
E há mais coisa pra contar.
Mas essa é outra história ,
Outro dia vou revelar.
Se quiser, pode esperar,
Logo volto pra narrar.
08/08/2025
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